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Brinquedos no Jardim (Parte 1)- Ponte de Lima intemporal

Que Ponte de Lima é um dos principais destinos turísticos do Norte já é quase um lugar comum. Que existem vários atractivos repartidos pelos doze meses do ano também é quase senso-comum. Agora que o romantismo associado a esta que se anuncia como "A Vila mais antiga de Portugal" tem em dois espaços um inegável charme, isso já exige a sua presença, de preferência já no próximo fim-de-semana!

 

A atmosfera é inegavelmente romântica: o rio Lima, a ponte, a lenda do Rio Lethes, o rio do oblívio, o Jardim do Arnado sempre muito bem alindado... Não, apesar de já ser motivo suficiente para uma visita demorada para um dia em cheio, por exemplo com a sua cara-metade, a proposta do Alto Minho Romântico é mais definida: se quer voltar a ser a criança que tem dentro de si (se estiver grávida, então são duas que tem dentro de si, pelo menos!) não poderá perder a visita a um

dos locais que realmente proporciona uma viagem no tempo, ao da infância de cada um: o Museu do Brinquedo Português!

Situado do lado direito do Lima, este espaço é uma caixinha (de música) de surpresas! Esta é uma zona da vila que cresce, já que se espraia para o outro lado do rio, ficando o museu paredes meias com o Albergue de Peregrinos de Santiago de Compostela. Como se já não bastasse o regresso aos tempos dourados da vida de cada um, agora junta-se o misticismo do Apóstolo-mor do Ocidente! Bom, mas entre, porque o vídeo vai começar!

Sim, o Museu do Brinquedo Português é mesmo para gente dos 8 aos 88! Na verdade, esta senhora é a minha mãe e ainda não chegou aos 80, mas garanto-vos que se comportou como se tivesse 8 (ou menos!) quando viu as bonecas, os fogões e os brinquedos que acompanharam a meninice dela e a minha também! Este é um espaço para todos, mesmo! Ah, o vídeo está espera!

A entrada para esta viagem começa com um vídeo que explica como Carlos Anjos, o coleccionador de brinquedos mais incrível, doou a sua colecção de dezenas de anos para que se perceba como os brinquedos dos últimos 100 anos representam também eles épocas distintas do nosso crescimento sociológico enquanto nação. Duas notas de curiosidade: primeiro, o encanto com os métodos de produção, os materiais, as inspirações em modelos estrangeiros, que subitamente terminam em 1986, data da entrada de Portugal na CEE; a segunda vai para o presidente do Município de Ponte de Lima, pela generosidade com que esta doação foi acolhida neste museu, porque de facto é um museu com muito bom gosto!

O Museu está organizado em dois pisos e segue uma ordem cronológica dos produtores nacionais, passando pelos mais diversos materiais (madeira, chapa, metal, plástico) e tipos de brinquedos (carrinhos, bonecas, jogos de mesa, jogos tradicionais, figuras, etc), uns mais simples, outros mais elaborados. A verdade é que de vitrine em vitrine, de sala para sala, este é um local que não deixa ninguém indiferente! Por isso, reserve bem uma hora pelo menos para desfrutar destas peças! Ah, e é possível fotografar tudo, por isso, aqui ficam alguns brinquedos que significam muito para gente da minha geração (e não só!)

 

Mas, como em cada conto de fadas há sempre um final muito feliz, já depois do final feliz, eis que vem aí a cereja em cima do bolo: uma cidade em miniatura, com comboios que nunca se atrasam. Uma bela ideia para completar uma visita ao imaginário de cada um!

 

O Museu do Brinquedo Português conta ainda com uns jardins onde pode sentar-se um pouco e descansar das emoções da jornada! Só faltava mesmo umas camas de rede para o nirvana do regresso à infância!

Como tudo o que existe em Ponte de Lima está (bem) pensado, o Museu dispõe de serviços educativos e é possível por exemplo participar em oficinas de reparação/ criação / recriação de brinquedos, o que se afigura como uma continuação da brincadeira, mesmo para as crianças grandes que há dentro de nós!

No final existe uma loja onde poderá adquirir algumas das peças que viu nas vitrines e levar um souvenir. Diga que é para um sobrinho, ou para o aniversário da filha da amiga!

Mas não se esqueça que as emoções não ficam por aqui, pois quase ao virar da esquina, outro turbilhão de ideias românticas esperam por si. Mas isso será no próximo post, quando o levar ao Festival Internacional de Jardins!

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